Fazenda Pilar

Cornélio Procópio - PR

Fazenda Pilar

Orlando von der Osten

Com 116 anos de história e uma produção de café que remonta pelo menos a 1.929 do proprietário Sr. Orlando von der Osten, a Fazenda Pilar nos últimos anos investiu pesado para melhorar a qualidade do cultivo e do beneficiamento, o processo que tira as impurezas, descasca o fruto e separa os grãos por tamanho e peso. A empresa é uma das poucas no Brasil a realizar o ciclo completo, já que na maioria dos casos o beneficiamento é feito fora da fazenda, por cooperativas.

“O café do Paraná ficou marcado no mundo pela péssima qualidade, mas de uns dez anos para cá surgiu um movimento para resgatar a cafeicultura apostando na qualidade”, afirma Marco Antonio Cravo, gerente de desenvolvimento da Pilar. Até a geada negra, o Paraná foi um dos maiores produtores de ouro verde do mundo,  mas toda a produção era vendida como café commodity. Hoje, fazendeiros da região tentam quebrar o paradigma.

“A tarefa não é fácil por causa das condições climáticas desfavoráveis. As chuvas são mal distribuídas e isso prejudica a lavoura, enquanto a umidade do nosso inverno é ruim para a secagem dos grãos que mofam com maior facilidade”, explica o fazendeiro. O projeto de remodelação da fazenda começou em 2.000 e vai terminar em 2.017 com melhoras no sistema de plantio, colheita e manejo. Um dos investimentos mais elevados contemplou a implantação do sistema de irrigação para levar água na lavoura. “Vai demorar alguns anos para termos noção de como será afetada a qualidade, até agora temos vistos que as plantas novas crescem mais rápida e fortemente, e as velhas duram mais”, explica Cravo.

Atualmente a produção é de 4 a 5 mil sacas de café por ano, com a expansão da superfície de cultivo até 300 hectares (hoje está em 105 ha) o objetivo é elevá-la em 10-12 mil sacas por ano até 2.019. Atualmente cerca de 25% do café produzido é vendido como especial, segundo a SCAA Specialty Coffee Association of America, é o que atinge pelo menos a pontuação de 8.0 numa escala até 10, enquanto o restante vira commodity para a grande indústria. De acordo com o empresário, a maior parte do café especial é vendida na Europa, Estados Unidos e Japão e só uma pequena porcentagem fica no Paraná e no Brasil. Ainda não temos um mercado nacional para absorver toda a nossa produção, só uma pequena parte é vendida nas nossas cafeterias e mercados.

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Essa região possui condições climáticas ideais para a produção de cafés finos, com temperaturas médias anuais entre 19 e 22° C, resultado da combinação da altitude (de 500 a 900 m) e latitude (23 e 24° S). Isso proporciona um período mais longo entre o florescimento e a maturação fisiológica dos grãos, permitindo a fixação mais intensa dos atributos e conferindo excelente caracterização da bebida. Ainda há o fato da precipitação pluviométrica permitir o cultivo sem irrigação, ou com irrigação complementar, ao contrário de outras regiões onde a irrigação é obrigatória.

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